Técnica de fisioterapia ajuda a desvendar traumas emocionais
- dralexandrefisio
- 14 de jul. de 2017
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A leitura biológica busca a origem dos problemas emocionais que provocaram lesões físicas 22/12/2008 Juliana Gonçalves Submeter o paciente a sessões de fisioterapia para recuperação de movimentos do corpo após algum trauma físico é uma situação comum na medicina. E quando o trauma é de origem emocional? Para esses casos existe a leitura biológica, por meio da qual, busca-se a origem dos problemas emocionais que marcaram a vida do paciente e provocaram lesões físicas. No começo do mês, o fisioterapeuta de origem belga Emmanuel Corbeel esteve em Londrina, na Escola de Terapia Manual e Postural, ministrando o único curso existente no País sobre o assunto. A maioria das pessoas já sofreu perdas de entes queridos, já enfrentou situações em que ficou contrariado e já viveu inúmeros outros momentos estressantes na vida. Mas o que poucas pessoas sabem é que esses eventos podem refletir em dores ou doenças. A leitura biológica é uma técnica de fisioterapia que faz a ligação entre emoções, traumas e o funcionamento do organismo. O corpo humano é concebido para se adaptar, se defender e se autocorrigir no caso de agressões traumáticas, emocionais, tóxicas, virais, microbianas ou do ambiente. Quando a agressão é maior do que as possibilidades de defesa da pessoa, a vitalidade do tecido do corpo será prejudicada. “O cérebro registra a agressão, que depois se manifesta em forma de problemas no organismo”, explica Corbeel. Segundo ele, cada pessoa sente e reage às situações de maneiras diferentes. Assim, a resposta às agressões é individualizada em função da educação, da fé, das experiências já vividas por cada um. “Essas respostas afetam os órgãos se a pessoa se encontrar diante de uma impossibilidade. E cada órgão corresponde a uma emoção. O papel da leitura biológica é trazer a resposta do inconsciente para o consciente e, assim, ativar a autocura”, justifica Corbeel . De acordo com o fisioterapeuta londrinense, Afonso Salgado, a técnica foi criada pelo médico alemão Ryke Geerd Hamer, que desenvolveu um câncer de próstata logo depois de perder seu filho. “Os testículos, assim como ovários, têm função de criar vida e, por isso, foi o órgão atingido pela dor da perda do filho.” Por meio da análise de milhares de tomografias, Hamer pôde mapear o cérebro, correlacionando as diversas patologias às diferentes emoções. Segundo Salgado, uma lesão muscular, por exemplo, quer dizer que o paciente esteve diante de alguma impotência porque a função do músculo é realizar ações. ”Da mesma forma, problemas de intestino manifestam a dificuldade de digerir uma situação e problemas de vesícula estão relacionados à raiva e ao rancor.” Durante a consulta, o objetivo é descobrir, pelos sintomas descritos pelo paciente, qual tecido foi lesionado e ajudá-lo a tomar consciência da origem do problema. “O simples fato de conseguir a consciência do que aconteceu já dissolve o problema”, garante Corbeel. Microfisioterapia complementa leitura biológica A microfisioterapia é considerada uma técnica manual complementar à leitura biológica. De acordo com o fisioterapeuta Afonso Salgado, a microfisioterapia utiliza microtoques, que detectam as agressões recebidas, estimulando a autocura. A mão do homem é um instrumento capaz de estabelecer uma infinidade de contatos com o mundo que o envolve. A palpação consiste na estabilização desse contato manual com o corpo do paciente para colher informações úteis para a terapia. O tecido em mau funcionamento é portador de uma seqüela patológica que fica inscrita após uma agressão não rejeitada. Toda agressão sofrida ativa, automaticamente, mecanismos de autocura para lutar e eliminar as conseqüências dessa agressão. “Em alguns casos, esses mecanismos não funcionam ou não têm sucesso na eliminação dos efeitos da agressão. Os tecidos vão carregar as marcas dessas seqüelas patológicas e apresentarão uma disfunção”, explica Salgado. A microfisioterapia tem técnicas específicas de micropalpação manual que detectam os traços deixados pelas agressões nos tecidos do organismo. A ação consiste em fazer manualmente os mecanismos de autocorreção para se evitar a degradação dos tecidos e restaurar sua função. De acordo com Salgado, por meio da microfisioterapia o profissional faz uma investigação das agressões sofridas nos diferentes tecidos do organismo. “Ele resgata a memória do trauma, sendo capaz até de dizer a data da agressão.” http://saudeintegral.blogs.sapo.pt/1560.html
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